Entre os compromissos da diretoria da Central, está a necessidade de organização e a importância de fortalecer as grandes mobilizações. O compromisso da diretoria da CSB em São Paulo é imenso. Nós estamos passando por uma fase no Brasil em que o governo e o Congresso Nacional estão trabalhando contra os trabalhadores. A reforma trabalhista, que começa no dia 11 de novembro, é um exemplo disso. Então nós temos um papel fundamental na mobilização de todo nosso estado e já começaremos no dia 10 de novembro, data em que realizaremos uma manifestação contra a reforma. A CSB São Paulo já nasce com esse objetivo.
O presidente da Central, Antonio Neto, conclamou todos os dirigentes a se unirem contra as reformas e medidas que prejudicam o povo brasileiro. “Essa direção estadual vai se comprometer com a manifestação do dia 10. Só temos um caminho – organizar a classe trabalhadora. Essa é a Central que vai estar nas ruas defendendo a história do povo brasileiro. Juntos, unidos e preparados vamos derrubar quem tenta amassar a classe operária, o servidor público e o Brasil”.
Conhecimento como ferramenta de luta
Foram três dias de palestras, que destacaram temas atuais e de extrema importância para os representantes sindicais. Economistas, historiadores, juristas, políticos e professores debateram questões como desenvolvimento nacional, sindicalismo e história, economia e negociação coletiva
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Para assistir às apresentações e acessar o material disponibilizado pelos convidados, acesse as matérias nos links a seguir: 24/10, 25/10, 26/10.
“Saímos daqui preparados, capacitados. O segredo do crescimento da CSB é valorizar os sindicatos de base. O sindicato é a célula mater da organização sindical. E por isso valorizamos os nossos filiados oferecendo qualificação, assistência e suporte”, destacou Alvaro Egea.
O secretário-geral da CSB finalizou o discurso relembrando os participantes paulistas sobre a necessidade de fortalecer as lutas nacionais por meio da participação ativa do maior estado do País. “São Paulo é o estado mais importante do ponto de vista econômico, é capital sindical do Brasil. Precisamos traduzir esse crescimento extraordinário da CSB nas ruas. Seremos desafiados a participar ativamente desse processo”, completou.
Mulheres e qualificação
Durante o dia de eleição da diretoria da CSB em São Paulo, as bandeiras de lutas das mulheres no movimento sindical e a importância da capacitação dos dirigentes ao enfrentamento contra a reforma previdenciária e as consequências da reforma trabalhista também foram pautas levantadas pelos sindicalistas paulistas e de outros estados.
Secretária-geral da CSB/MG e secretária da Mulher Trabalhadora da CSB Nacional, Antonieta de Faria (Tieta), apoiou os compromissos da nova diretoria e acrescentou que é preciso dar atenção às causas femininas, pois as mulheres são as mais afetadas pelo retrocesso nos direitos trabalhistas. A afirmação foi corroborada pela 1ª secretária-geral da Central, Maria Aparecida Feliciani.
“Essas reformas têm tirado direitos das trabalhadoras de forma perversa e constante. O tiro está muito direcionado à trabalhadora mulher. Por isso, é importante que todas as diretorias estaduais da CSB tenham como prioridade os nossos direitos. Nós já nos sentimos prontas para a luta”, discursou Tieta, que junto à Feliciani pediu mais espaço às mulheres no movimento sindical.
Em favor dos aposentados
Ao final do evento, uma moção de repúdio foi aprovada pela plenária. O texto protesta contra o projeto de lei que dispõe sobre o reajuste do convênio médico para pessoas acima de 60 anos – a alteração é proibida pelo Estatuto do Idoso e afeta 13% das 47,3 milhões de pessoas atendidas pelos planos de saúde. A manifestação é de iniciativa do Sindicato Nacional dos Aposentados do Brasil (SINAB), representado pelo seu presidente Lucio Bellentani. O projeto tramita na Câmara dos Deputados.